quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

“São apenas palavras”, você me disse...

Nunca são apenas palavras... Palavras não são apenas palavras, são pedaços de nós e de nossa alma, pedaços que jogamos ao mundo e que causam conseqüências, que geram reações e sentimentos... Palavras deixam de ser apenas palavras quando atingem os olhos e ouvidos dos outros, quando dentro deles se transformam e criam pensamentos, sentimentos, sorrisos ou lágrimas... Palavras têm muito poder, dentro e fora da gente.
Palavras aquecem ou esfriam, ferem, machucam, ou despertam o amor, o carinho e a confiança. Mas elas só nos atingem quando permitimos, seja para qual lado for. Portanto, escolho ouvir as palavras de carinho, de amor e de amizade, escolho dizer esse mesmo tipo de palavras, escolho a vida, a alegria e tudo de mais sincero e bonito que posso receber a cada dia, de cada pessoa que cruza o meu caminho...
Palavras feias também não são apenas palavras... São pedidos de ajuda, são mostras de um coração machucado, de uma alma que permitiu, ainda que momentaneamente, que sua luz se apagasse... Palavras apenas transmitem ao mundo aquilo de que nosso coração está cheio, portanto palavras ruins não têm direção, são de quem as diz, nada mais.
É por isso que sempre penso muito nas palavras que digo e escolho aquelas que fora de mim farão bem, mesmo que nem sempre as que se formam dentro sejam as mais belas, afinal, eu também sou humana e falha...

domingo, 7 de fevereiro de 2010

rosas X espinhos

Algumas peças do quebra cabeça definitivamente não encaixam, pois simplesmente não tem a necessidade de tal. Essa é a minha visão, acho que quando duas pessoas são muito parecidas, uma delas não se faz necessária. Claro que é muito bom ter afinidades, mas as diferenças presentes são tão mais interessantes, não?! Além de nos mostrar novas visões e novos aprendizados, podemos também aprender e absorver – a pinçar - o que achamos válido para acrescentar a nossa bolha, ao nosso mundo, a nossa vida. Aprendemos também a entender a personalidade alheia, diferente da nossa. Aprendemos não só a entender, mas acima de tudo, a respeitar essas diferenças. Por isso costumo dizer que não existe o certo e o errado, mas sim o que é melhor ou pior, para cada um de nós.
Toda a rosa possui espinhos, todos nós temos defeitos.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Open Your Eyes

Chegue bem perto de mim. Me olhe, me toque, me diga qualquer coisa. Ou não diga nada, mas chegue mais perto. Não seja idiota, não deixe isso se perder, virar poeira, virar nada. Daqui há pouco você vai crescer e achar tudo isso ridículo. Antes que tudo se perca, enquanto ainda posso dizer sim, por favor, chegue mais perto.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Cavo

É quando uma lágrima escorre pelas constantes curvas do meu rosto, irrefreáveis. Dói. Esfola a pele, passo a passo, deixando marcas e migalhas de sal, – meus suspiros - pois de doce, já não tenho nada mais, nem meus prantos outrora suaves. A ânsia de escrever sobre meu desespero, faz-me permanecer no monótono, insípido. Mil e uma palavras sem significado algum, fundamento algum. A náusea de desabafar em versos precisa de um grito, mas nada sai, apenas um ar rudemente arranhado, nenhuma vírgula. Nada. Vão. Vácuo. Vazio. Mim.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Relógio

O tempo esvaindo por entre meus, seus dedos. Sinto uma dor fatal de mim. Uma aversão total de mim. De ti. De nós. Meu perfume nas suas entrelinhas. Seu toque nos meus cabelos. Escorro passo a passo. Caio vírgula a vírgula. Morro ponto a ponto.